Empinando cafifa com Zé Garoto
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Filha de erveiros aprendeu cedo o uso dos caules, das ervas e das raízes. Começou aprendendo seus usos, tal como o alfabeto, começando pela letra A, iniciando por angicos. Sobreviveu a maleita, catapora e mais algumas gripes e resfriados, com chás e uso de lambedor. Seguiu aprendendo os usos de baraúna, caraúbas, carnaúbas e macaíbas. Tomava banho no boqueirão perto da cidade. Na serra do mel, não coletava o néctar, comia jandaíras e janduís, direto das colmeias, sem tirar o ferrão. Hoje uma causídica no serviço publico, diz não gostar de mel, mas de abelhas com ferrão, diz ainda que mel é para os fracos. Arengou com ela, vem logo uma ferroada. Largou os pitus e camarões com tapioca e coentro, e partiu para terra de Araraboia, aprendeu a temperar com salsa e cebolinha.
E a caiçara do norte, foi estudar no sul. Trabalhava, morava e estudava em margens diferentes, de um grande rio, descoberto em janeiro. E durante as travessias nos tempos da STBG, conheceu Vital Brasil, Martim Afonso e Visconde de Morais; Boa Viagem, Charitas e Ingá; Ipanema, Lagoa e Urca. E outros nomes, de personagens, praias e bairros famosos. Nos finais de semana visitava o Saco de São Francisco e a pedra de Itapuca, conhecida no local como cagalhão de gigante. Talvez tenha estudado no Valonguinho. E ao final do dia, depois de estudos e trabalhos, sentava e suspirava …. UFF.
Aprendeu a empinar cafifa na praça do Zé Garoto, e ter refrigerante Mineirinho na mesa. Saudades da casa da maçã. Trocou a castanha de caju encontrada a venda nas ruas, por amendoim torrado quentinho, embalado em um cone amarelo, vendido nas novas ruas, na lata de vinte com carvão e brasa.
Os aviões que passavam sobre as barcas, durante as travessias, em direção ao aeroporto, traziam-lhe saudades da sua terra natal. Voltou as origens, já que o interior não lhe saia do corpo e da mente. Hoje a caiçara, faz incursões e excursões em pajuçaras.
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